O Fantástico, programa semanal (antigamente jornalístico) da TV Globo, está
mesmo com dificuldades para selecionar os assuntos que farão parte da chamada “Revista
eletrônica”. A edição do último domingo, 30, exibiu uma “matéria” no qual uma
fã (não de futebol) muito animada saia de sua cidade para ver o ídolo Neymar.
Até aí tudo bem. O cara é novinho, joga muita bola e as garotinhas ficam realmente
enlouquecidas por ele.
Só que tão pegando um pouco
pesado com a situação. O Tadeu Schmidt, irmão do ex-jogador da seleção brasileira de basquete Oscar Schmidt,
decidiu resolver um grande problema da língua portuguesa. Ele queria queria
saber qual a maneira correta de pronunciar o nome das tietes de Neymar: “Neymaretes
ou Neymarzetes”?
E sabem onde ele foi buscar essa
solução que ajudaria e muito a humanidade? Na Academia Brasileira de Letras. Mais
de cinco minutos tomados do Fantástico para uma tamanha baboseira. Tenha dó né
Tadeu! Me ajuda aí! Que diferença vai fazer se as tietes mirins do Neymar serão
chamadas de “Neymaretes ou Neymarzetes”?
Bom! Se não bastesse essa “BOLA
FORA DO TADEU SCHMIDT” no Fantástico, o Thiago Leifert (apresentador do Globo
Esporte de São Paulo) e Caio Ribeiro (comentarista), também resolveram
contribuir para o “Jornalismo de picadeiro”. Segunda-feira, 31 de outubro, dia
das bruxas, os dois apresentaram o programa caracterizados de Drácula e Tropeço.
E pior! O Thiago Leifert que é editor chefe do programa, encheu o cenário do
Globo Esporte de caveiras. Isso tudo para lembrar os telespectadores que era o
Dia das Bruxas. Eu não consegui conter as gargalhadas! Muito petético! No final
do programa fizeram até um teatrinho. Saíram interpretando, cada um, seus
respectivos personagens.
Cada vez mais esse tipo de “jornalismo”
está tomando conta dos veículos de comunicação. Qualquer pessoa, bonitinha ou
falante, pode sair ás ruas com microfone nas mãos intrevistando os outros e ser
chamada de repórter.
Ator vira repórter. Cantor vira
repórter. E o jornalista vira qualquer outra coisa, menos repórter.
Hoje, a criatividade se faz
necessária em qualquer profissão, mas no caso do jornalismo, deve ser aliada a
um bom profissional que saiba escrever um bom texto, seja para a TV, rádio,
internet ou jornal impresso.
Vamos aguardar até 2014. Quem sabe sobra uma
vaguinha para os jornalistas como...vendedores, recepcionistas de hoteis,
taxistas...