Jornalismo de picadeiro

Neymaretes ou Neymarzetes?


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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Jornalismo de picadeiro


O Fantástico, programa semanal  (antigamente jornalístico) da TV Globo, está mesmo com dificuldades para selecionar os assuntos que farão parte da chamada “Revista eletrônica”. A edição do último domingo, 30, exibiu uma “matéria” no qual uma fã (não de futebol) muito animada saia de sua cidade para ver o ídolo Neymar. Até aí tudo bem. O cara é novinho, joga muita bola e as garotinhas ficam realmente enlouquecidas por ele.
Só que tão pegando um pouco pesado com a situação. O Tadeu Schmidt, irmão do ex-jogador da seleção brasileira de basquete Oscar Schmidt, decidiu resolver um grande problema da língua portuguesa. Ele queria queria saber qual a maneira correta de pronunciar o nome das tietes de Neymar: “Neymaretes ou Neymarzetes”?
E sabem onde ele foi buscar essa solução que ajudaria e muito a humanidade? Na Academia Brasileira de Letras. Mais de cinco minutos tomados do Fantástico para uma tamanha baboseira. Tenha dó né Tadeu! Me ajuda aí! Que diferença vai fazer se as tietes mirins do Neymar serão chamadas de “Neymaretes ou Neymarzetes”?
Bom! Se não bastesse essa “BOLA FORA DO TADEU SCHMIDT” no Fantástico, o Thiago Leifert (apresentador do Globo Esporte de São Paulo) e Caio Ribeiro (comentarista), também resolveram contribuir para o “Jornalismo de picadeiro”. Segunda-feira, 31 de outubro, dia das bruxas, os dois apresentaram o programa caracterizados de Drácula e Tropeço. E pior! O Thiago Leifert que é editor chefe do programa, encheu o cenário do Globo Esporte de caveiras. Isso tudo para lembrar os telespectadores que era o Dia das Bruxas. Eu não consegui conter as gargalhadas! Muito petético! No final do programa fizeram até um teatrinho. Saíram interpretando, cada um, seus respectivos personagens.
Cada vez mais esse tipo de “jornalismo” está tomando conta dos veículos de comunicação. Qualquer pessoa, bonitinha ou falante, pode sair ás ruas com microfone nas mãos intrevistando os outros e ser chamada de repórter.
Ator vira repórter. Cantor vira repórter. E o jornalista vira qualquer outra coisa, menos repórter.
Hoje, a criatividade se faz necessária em qualquer profissão, mas no caso do jornalismo, deve ser aliada a um bom profissional que saiba escrever um bom texto, seja para a TV, rádio, internet ou jornal impresso.
Vamos aguardar até 2014. Quem sabe sobra uma vaguinha para os jornalistas como...vendedores, recepcionistas de hoteis, taxistas...

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